Escrito por Pr. Neemias Lima
Dom, 23 de Julho de 2006 21:00
Participando da assembléia da Convenção Batista Fluminense, em Nova Friburgo, algo me despertou a atenção: uma Bíblia aberta no painel de um carro em frente à recepção do hotel. Pensei tratar-se de algum convencional hospedado também ali. Curioso que sou, aproximei-me do carro, verifiquei que a placa era da própria cidade, uma trava de segurança prendia o volante e que estava aberta no livro de Provérbios, capítulos 18 (parte), 19, 20 e 21 (parte). Provavelmente, por ser mais ou menos o meio.
Voltei à recepção e, carinhosamente, perguntei a um simpático senhor jovem se conhecia o dono daquele carro. Para minha surpresa, era o próprio. Indaguei-lhe se era crente, ouvi um não, mas a afirmação que sua mãe era. Perguntei sobre a razão da Bíblia aberta no painel e ouvi: “Minha mãe colocou ali e eu deixei. É bom”. Insisti: “Você lê a Bíblia?”. “Não, às vezes, um pouco”, disse. Aconselhei-o a fazer.
Concluí, posso estar errado, que aquela Bíblia era uma espécie de amuleto e acreditavam, tanto ele quanto à mãe, que o mal seria expulso com a presença dela. Que ignorância! É o mesmo que se ter um vidro de remédio aberto ao lado de um enfermo sem que se tome o seu conteúdo. É muito interessante a situação de alguns em relação à Bíblia e é triste saber de crentes que se encontram na mesma situação. Ouvi de um que coloca a Bíblia no painel do carro quando viaja. Serve para não ser incomodado pelas barreiras policiais. Engraçado é que ele nada pratica de errado (não precisando dessa proteção) e imaginar que polícia é iludida com Bíblia no painel é muita infantilidade. Numa escola que trabalhei, havia uma aberta num bonito porta-bíblia, sempre no mesmo texto. Só mudava quando eu avançava ou retrocedia algumas páginas.
A Bíblia é a palavra de Deus. Infalível e inerrante, como assegura nossa Declaração Doutrinária. Aberta em algum lugar nenhum valor tem. É preciso tê-la no coração. O salmista é incisivo: “Escondi a tua palavra no meu coração para eu não pecar contra ti” – Sl 119.11. E ainda lembra: ”Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho” – Sl 119.105. Ainda do salmista, extraímos: “Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo! Sl 119.97. Agora, veja que preciosidade: “O teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação. Sou mais prudente do que os velhos, porque tenho guardado os teus preceitos” – Sl 119.98-100. Destaco: “mais sábio do que os meus inimigos, mais entendido do que todos os meus mestres, mais prudente dos que os velhos”.
Curiosamente, num dos capítulos marcados da Bíblia aberta no painel do carro em Friburgo, lê-se: “Quem guarda o mandamento guarda a sua alma” – Pv 19.16. O volume pode ser guardado em qualquer lugar. O mandamento, só na mente. Aquele jovem senhor desconhecia isso, por isso não aprendia sobre ele com a leitura da Bíblia. Se fosse para guardar o carro, para que a trava de segurança?
Voltei à recepção e, carinhosamente, perguntei a um simpático senhor jovem se conhecia o dono daquele carro. Para minha surpresa, era o próprio. Indaguei-lhe se era crente, ouvi um não, mas a afirmação que sua mãe era. Perguntei sobre a razão da Bíblia aberta no painel e ouvi: “Minha mãe colocou ali e eu deixei. É bom”. Insisti: “Você lê a Bíblia?”. “Não, às vezes, um pouco”, disse. Aconselhei-o a fazer.
Concluí, posso estar errado, que aquela Bíblia era uma espécie de amuleto e acreditavam, tanto ele quanto à mãe, que o mal seria expulso com a presença dela. Que ignorância! É o mesmo que se ter um vidro de remédio aberto ao lado de um enfermo sem que se tome o seu conteúdo. É muito interessante a situação de alguns em relação à Bíblia e é triste saber de crentes que se encontram na mesma situação. Ouvi de um que coloca a Bíblia no painel do carro quando viaja. Serve para não ser incomodado pelas barreiras policiais. Engraçado é que ele nada pratica de errado (não precisando dessa proteção) e imaginar que polícia é iludida com Bíblia no painel é muita infantilidade. Numa escola que trabalhei, havia uma aberta num bonito porta-bíblia, sempre no mesmo texto. Só mudava quando eu avançava ou retrocedia algumas páginas.
A Bíblia é a palavra de Deus. Infalível e inerrante, como assegura nossa Declaração Doutrinária. Aberta em algum lugar nenhum valor tem. É preciso tê-la no coração. O salmista é incisivo: “Escondi a tua palavra no meu coração para eu não pecar contra ti” – Sl 119.11. E ainda lembra: ”Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho” – Sl 119.105. Ainda do salmista, extraímos: “Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação o dia todo! Sl 119.97. Agora, veja que preciosidade: “O teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação. Sou mais prudente do que os velhos, porque tenho guardado os teus preceitos” – Sl 119.98-100. Destaco: “mais sábio do que os meus inimigos, mais entendido do que todos os meus mestres, mais prudente dos que os velhos”.
Curiosamente, num dos capítulos marcados da Bíblia aberta no painel do carro em Friburgo, lê-se: “Quem guarda o mandamento guarda a sua alma” – Pv 19.16. O volume pode ser guardado em qualquer lugar. O mandamento, só na mente. Aquele jovem senhor desconhecia isso, por isso não aprendia sobre ele com a leitura da Bíblia. Se fosse para guardar o carro, para que a trava de segurança?
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