sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cresce a violência contra os cristãos do norte do Iraque


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A comunidade cristã do norte do Iraque começa a se sentir mais insegura após a violência que sofreu no mês passado. O norte é como um "abrigo" para cristãos e muitas pessoas desalojadas, que fugiram do sul e da região central do país. As condições que enfrentam faz com que os cristãos se apressem a emigrar para o exterior

"O que o futuro reserva para mim?", pergunta Samar, uma jovem senhora cristã que se mudou recentemente de Bagdá para Erbil com seu esposo, bebê e família. Procurando um lugar mais seguro, ela ficou chocada com o crescente número de bombardeios na cidade esse mês. Alguns foram especificamente contra cristãos.

Em 22 de setembro, os cristãos ficaram assustados quando um homem-bomba explodiu um veículo próximo à casa do político cristão Emad Youhanna, em Rafidayn, na província de Kirkuk. Dezenove pessoas ficaram feridas, sendo que, quatro delas em estado grave. Dos feridos, três eram filhos de Youhanna. Além disso, alguns carros e residências ao redor da casa atacada também foram danificados.
Não são apenas criminosos que se voltam contra os cristãos. Às vezes, as autoridades também parecem estar contra eles. No início de setembro, policiais curdos entraram no vilarejo cristão de Deshtakh e assediaram as pessoas que ali moram.

O desentendimento começou quando os policiais ordenaram que os jovens da cidade saíssem do local próximo à fonte de água onde estavam sentados. De acordo com os cristãos, cerca de trinta policiais estavam presentes. Eles empurraram os cristãos e ameaçaram atirar, dizendo-lhes que "não deveriam estar no Iraque, pois é território muçulmano".

Os cristãos do norte, muitos dos quais já foram desalojados internamente no país, pensando em emigrar para o ocidente, foram impulsionados a solicitar vistos de emigração após esse incidente. Membros das famílias que já emigraram estão contatando-os, incentivando-os a deixar o Iraque.
Enquanto isso, continua a violência nas regiões sul, central e nas planícies do Nínive. Líderes da Igreja em Bagdá dizem que há ataques contra os cristãos a cada dois ou três dias. "Olhando por um ângulo mais positivo, é encorajador que tenhamos recebido novas solicitações de microcrédito", diz William, colaborador da Portas Abertas na região, "o que indica que ainda há cristãos escolhendo ficar".. Mas eles são poucos dentre muitos: "A oração pelo futuro do cristianismo nesse país é urgente. Se a tendência atual continuar, em 2020, não haverá mais cristãos em todo o Iraque", afirmou. 

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FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoGetúlio A. Cidade
Conheça o site da missão portas abertas: http://www.portasabertas.org.br

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