segunda-feira, 21 de março de 2016

Teólogos e pastores admitem não desempenhar papel “como deveriam”





O 10º Congresso de Teologia Vida Nova, que ocorreu entre os dias 15 a 18 de março de 2016, em Águas de Lindoia (SP), reuniu centenas de pastores, teólogos e líderes evangélicos de todo o Brasil.

No final da edição deste que é um dos mais importantes encontros teológicos do país, foi publicado um documento. Intitulado “Declaração sobre a atual conjuntura sociopolítica da nação”, o material foi lido de púlpito pelo pastor Jonas Madureira e postado em vídeo no Youtube.

O objetivo do encontro foi “refletir e discutir o papel e a contribuição da teologia evangélica para a sociedade e a cultura como um todo”. No final, os presentes foram convidados a assinar a declaração, que faz uma avaliação do papel da igreja brasileira “diante dos acontecimentos que têm agitado o país nos últimos meses”.

O documento começa chamando os cristãos “à confissão de pecados, ao repúdio da injustiça e à participação ativa neste momento crítico em nossa história nacional”. Afirma também que não podemos deixar de reconhecer que é Deus quem “levanta e destitui os poderosos e governa as nações”.

O aspecto que mais chama atenção, contudo, é a parte onde se faz um reconhecimento de que, de modo geral, os líderes da igreja evangélica não vêm desempenhado seu papel como deveriam.

“Como pastores e líderes, confessamos que não temos nos quebrantado diante da Palavra de Deus nem pregado as Escrituras como deveríamos. Confessamos também que não temos refletido o caráter de Cristo Jesus na esfera pública, deixando de tomar posições bíblicas claras e esquecendo o papel profético do púlpito”, diz a declaração.

Além dos líderes, os crentes em geral não têm “exercido com toda dedicação nossa vocação para ser sal e luz”.

Há um apelo para o resgate da noção de cidadania, que deixa claro como o “jeitinho brasileiro” também prevalece entre os evangélicos. “Confessamos… a indiferença diante da corrupção, a relativização da ética e do decoro”, assevera a “carta aberta”.

O documento foge de um posicionamento político explícito, não citando nomes nem fazendo referências a partidos ou posições ideológicas. No final, faz uma convocação para que “a Igreja busque o Senhor em quebrantamento, orando pela nação e suplicando especialmente por um avivamento do Espírito Santo”.

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