domingo, 15 de maio de 2011

Miller: De campeão mundial e milionário à pastor evangélico. De pastor à falido.



Miller em visita a AD de Barra do Garça em 2010
 Segundo a reportagem do site Terra:

Bicampeão mundial pelo São Paulo no início da década de 1990, o ex-atacante Müller, campeão da Copa do Mundo de 1994 pela Seleção Brasileira, vive longe dos dias de glória alcançados com a tradicional camisa tricolor. Longe dos gramados, o antigo atleta vive um drama e convive com o ostracismo, fruto do desemprego e da falta de recursos. Em entrevista à TV Record, exibida no sábado 14/05/11, no programa Esporte Fantástico, ele contou as dificuldades enfrentadas atualmente.
Afastado dos holofotes da fama futebolística e sem emprego atualmente, o tetracampeão mundial está vivendo de favor na casa do ex-companheiro de São Paulo Pavão. Apesar de ter disputado três Copas do Mundo e ser reconhecido por craques como Zidane, o antigo atleta do São Paulo procura retomar a vida e ganhar dinheiro com a carreira de treinador - o último trabalho como comandante foi no Imbituba, de Santa Catarina, neste ano de 2011.


Há pouco mais de 10 anos, um Miller ousado largava o futebol e as possibilidades naturais de carreira que se abriam para ele (técnico, comentarista, propaganda, política) e declarava: “ Tenho mais dois anos de contrato com o Cruzeiro, depois eu paro. Só vou jogar bola com os amigos, nos fins de semana. Vou ser pastor, pois meu destino é pregar", diz o jogador, de 33 anos no dia em que foi consagrado pastor. 
Miller pregando, ainda jogador do Cruzeiro em 1999
Uma reportagem da ISTO È dava conta de suas incursões religiosas:
Às segundas-feiras, Muller é a atração dos cultos da igreja Portas Abertas, localizada no centro de Belo Horizonte. Nesse dia ele é o pregador principal do culto que atrai em média mais de mil crentes. A fé do craque tem até provocado certos "milagres mineiros": muitos crentes são torcedores do Atlético Mineiro, clube arqui-rival do time de Muller. "Sou atleticano doente, mas ter ele aqui é uma bênção", aprova o servidor público Edergílson Pereira, 34 anos. A bênção tem dado frutos. Beneficiada pelo dízimo do milionário jogador-pastor, a igreja está trocando o piso de cimento por um de granito, numa reforma de cerca de R$ 16 mil. "Ele tem vocação. O Muller de Belo Horizonte é diferente do Muller de São Paulo", afirma o pastor Alexandre Ribeiro, 28 anos, líder da Portas Abertas.
Em quase todos os cultos, por um bom tempo, a mesma história. Igreja cheia, vinha lá o testemunho do menino evangélico pobre que vira astro de futebol, se desvia, apronta todas, namora todas, se acha no evangelho e termina sua carreira já programando a mudança de rumo, como pastor.

Culto de segunda-feira lotado, dizimo milionário, “ele tem muito talento”... Quem conhece já sabe, né?
A reportagem segue:
No auge da carreira, em 1987, ele se casou com a ex-chacrete Jussara Mendes e três anos depois se separou. Em 1993, evangélico praticante, Muller conheceu na igreja a também crente Miriam Rodrigues, então com 17 anos, e cometeu o que considera o maior erro de sua vida. Em uma suntuosa cerimônia, casou com Miriam e, dois meses depois, se separou. "Nós, seres humanos, somos falhos, e por isso temos que seguir a imagem de Deus", prega o craque, que fez as pazes com a primeira mulher, mãe de seus três filhos e com quem está desde então.
E finaliza com uma profetada, até das boas, diga-se:

Em 1998. Todos os grandes jogadores da epoca circulavam por aqui.
Após pendurar as chuteiras, muitos jogadores mantêm-se atrelados ao futebol, seja como treinador, dirigente ou comentarista. Outros procuram preservar o bom fluxo de suas caixas registradoras, abrindo negócios extracampo, como Romário que, antes mesmo de parar, já possui um bar no Rio de Janeiro (Em sociedade comigo. Outra vida completa!). Mas, quando largar o futebol, Muller provavelmente vai gastar mais do que receberá como pastor evangélico. E, em vez dos horizontes amplos de uma estrela internacional, fará parte de um cenário simplório em que o único talento legítimo é falar em nome de Deus.

Hoje as manchetes poderiam ser:
 O deus da fartura falhou ou foi Miller que não tinha fé? 
Não sei não, acho que Miller não pagava dízimo...
Será que é o caso foi maldição hereditária?
Bem-feito, quem mandou não semear no ministério do Malafaia!
As afirmações são de puro humor sarcástico mas, infelizmente, muitos pensam isto mesmo. Outros tantos, acreditam que a sua conversão é a garantia de prosperidade na terra, ou pelo menos um seguro contra o gafanhoto devorador daquilo que já se tem. 
Não creio que seja o caso do Miller. Mesmo tendo se desviado, conheceu o Senhor.  Miller ajudou comunidades, foi usado como estrela de ocasião em muitas oportunidades e, com tempo, não havendo um verdadeiro chamado, ou mesmo qualidades específicas e conhecimento para ser pregador da Palavra, o interesse inicial acabou e lá estava Miller “chupado até os ossos” e duro.
Eu me identifico com o Miller. Embora a minha história não tenha nada haver com a dele, não fosse o fato de que nos voltamos para o Evangelho na mesma época, estando os dois atuando profissionalmente com sucesso e em um ambiente próximo, de forma a virmos nos esbarrar aqui e ali... 
Me identifico com o fato de que passei um bom perrengue depois da minha conversão, seja por minhas escolhas, das quais não me arrependo, seja pela força maior das circusntâncias fora de meu controle. Sofri muito preconceito dos meus amigos que não aceitavam a minha conversão - como eu sei que ele sofreu MUITO no meio do futebol - e do tranco de ser crente em um ambiente nada propenso ao Evangelho.  Foi difícil, mas as coisas se arrumam e se acomodam, se você tiver cabeça e bons discipuladores. Eu tive, pela misericórdia de Deus. Miller, não.
Alguns de nós tem a mania de querer ajudar os projetos de “deus” , sendo estes alguma profecia de certa irmanzinha dando conta de que seremos pastores, bispos, papas, vai saber... Tomamos atitudes erradas por conta disto, nos lascamos lindamente. Conheço muitos casos assim.
Nestas oportunidades, nem percebemos os claros sinais de que vamos na direção errada, tamanho a nosso desejo – sincero mesmo – de fazer a vontade do Senhor, segundo imaginamos ser a mesma. Some-se a isto, a cegueira do incentivo irresponsável de quem está a nossa volta, dando força ao “projeto”.
Erram todos. Os que profetizam com irresponsabilidade, os que acreditam sem tomar as precauções bíblicas, os que incentivam sem conhecer o que envolve a decisão alheia e a existência ou não de chamado e vocação. Erram todos, e mais: pois não oraram buscando saber a vontade do Senhor.
Miller esta numa pior. Abandonou o ministério, se é que teve um algum dia, ou pode mesmo estar sendo testado pelo Senhor. Não sabemos.
O que eu sei é que Miller ganhou muito dinheiro. Foi contemporâneo de Romário, de quem fui sócio, e sei que seus contratos eram ótimos. Não seriam dez anos de uma vida de crente regrada que iriam esgotar as suas finanças. Não mesmo. Mesmo com pensões e que tais. Ele deve ter feito muita bobagem, ajudado muitos que depois lhe viraram as costas e caido em muitos golpes de pastores cabra safados.

Estou ansioso para saber mais de Miller (fora da  matéria da Rede Record) e espero que ele não tenha se arrependido de ter se voltado para o Senhor, mesmo se a sua inexperiência o tenha deixado se enredar por pessoas exploradoras... Ou que tenha sido mesmo sua, a responsabilidade maior pelas besteiras cometidas... 

O que pude perceber, e os irmãos que assistirem a matéria abaixo me corrijam,  é que na reportagem  o tempo de Miller dedicado ao ministério do Senhor e a sua vida como crente foram  EXPURGADOS da história. Nenhuma menção por parte da TV "dita evangélica" Record e nem por parte do próprio Miller, a excessão de uma mera citação em referência ao amigo que lhe ajuda hoje.

Eu me pergunto: Estaria Miller decepcionado com o Senhor, por conta das decisões que tomou, e não deram certo, atribuindo ao fracasso do ministério, a sua momentânea derrota pessoal, rompendo assim com o ministério e também com Deus? Ou é apenas a TV Record, que por determinação dos seus bispos, prefere não mostrar histórias de homens que se entregaram a Deus e perderam tudo, mas apenas as estorietas dos que encontram junto com Gizuz um pote de ouro e um carro zero?

Pelo sim, pelo não, Miller: Deus não vai lhe virar as costas. 

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