sábado, 21 de dezembro de 2013

Malásia - A Igreja e a Perseguição Religiosa


A Igreja
Segundo a tradição, cristãos nestorianos  comerciantes persas e turcos, chegaram à região já no século VII d.C. No século XV, os portugueses chegaram ao território da atual Malásia e introduziram o cristianismo católico e, em 1641, os holandeses levaram o protestantismo ao país, que continuou a ser implementado com o domínio político dos britânicos nos séculos seguintes. O pentecostalismo só se tornou mais influente no país a partir da década de 1970.
Atualmente o cristianismo é a segunda maior corrente religiosa do país e a que mais cresce. Os protestantes e católicos somam mais de meio milhão de membros. Muitas igrejas estão sob total liderança nativa. Os cristãos mantêm inúmeros ministérios na Malásia, incluindo hospitais, emissoras de rádio e programas de implantação de igrejas. É provável que em 2050 a Igreja venha a contar com mais de 3 milhões de membros, chegando a mais de 10% da população.
A Perseguição
A constituição do país prevê liberdade religiosa, mas concede aos governos federal e estadual o poder de “controlar e ou restringir a propagação de qualquer doutrina ou crença religiosa entre os muçulmanos”. Além disso, a constituição predefine todos os cidadãos malaios como muçulmanos.
Grupos de minorias religiosas têm permissão para praticar sua fé, mas nos últimos anos estão reclamando da parcialidade das leis do país, baseadas na sharia (legislação islâmica), que, ao ser aplicadas, principalmente em questões religiosas e familiares, favorecem mais aos muçulmanos do que aos não muçulmanos. Mesmo os muçulmanos que por alguma razão se desviaram dos princípios do islamismo sunita são submetidos a períodos de “reeducação ou reabilitação” em centros de ensino sustentados pelo governo.
A população respira certa liberdade política, embora esta liberdade seja gozada mais pelos muçulmanos do que por outros grupos. A legislação malaia proíbe que um muçulmano se converta a outra religião. Qualquer pessoa que for flagrada testemunhando a um muçulmano pode ser multada e presa por um período de até dois anos. Os malaios, que são o maior grupo étnico, são muçulmanos em sua maioria e têm o direito de receber instrução religiosa islâmica nas escolas, enquanto nenhuma outra religião pode ser ensinada.
A perseguição poderá se intensificar na forma de tentativas esporádicas de controlar e restringir o crescimento da igreja.
História e Política
A Malásia está localizada no sudeste do continente asiático e sua área abrange uma península e um terço da Ilha de Bornéu. O relevo do país é caracterizado por planícies costeiras que se elevam vagarosamente, até tornar-se colinas e montanhas. Densas florestas cobrem quase dois terços do país. O antigo nome do território da Malásia era Malayur, que significa “cidade do morro ou da montanha”.
A região da atual Malásia foi dominada por reinos hindus do ano 100 a.C. a 1400 d.C., período esse durante o qual a cultura, a economia, a religião e as políticas indiana e chinesa introduzidas através do comércio foram dominantes, influenciando a cultura dos povos que ali habitavam. Tal influência pode ser comprovada através dos sítios arqueológicos existentes no país, como o do Vale Bujang. As caravanas de comerciantes árabes chegaram ao país por volta do século X d.C., mas o islamismo só se estabeleceu como religião dominante a partir dos séculos XIV e XV, quando uma série de sultanatos ascendeu ao poder: o mais famoso deles foi o sultanato de Malacca.
Os primeiros europeus a chegarem à Malásia foram os portugueses, no século XV; em seguida os holandeses, em 1641 e, finalmente, os britânicos, no século XIX (1824). A Malásia tornou-se independente da Grã-Bretanha em 1957. Os territórios de Sabah e Sarawak, localizados na Ilha de Bornéu, foram anexados em 1963, formando a atual Malásia, uma federação de 13 estados.
A história contemporânea do país tem sido caracterizada pelos esforços da maioria de etnia malaia (que detém o poder político) em ampliar sua influência sobre as outras etnias (que abrangem quase metade da população), na vida econômica, educacional e religiosa.
O crescente poder dos partidos políticos fundamentalistas islâmicos tem polarizado ainda mais a nação, resultando em conflitos étnicos e religiosos. O governo da Malásia é uma monarquia parlamentarista com base na lei comum inglesa. O país já teve suas participações em guerras, mas na atualidade enfrenta principalmente tensões internas entre os grupos étnicos e religiosos.
População
A população soma 28 milhões de habitantes e cerca de 30% possuem idade inferior a 15 anos. Aproximadamente 50% dos residentes no país são de etnia malaia, enquanto 23% têm etnia chinesa e 7%, indiana.
A população urbana corresponde a pouco mais da metade da população do país. A maioria da população adulta é alfabetizada, atuando tanto na indústria como na agricultura.
Quase metade dos habitantes pratica o islamismo, mas há minorias significativas de hindus, budistas e praticantes de crenças tradicionais animistas.
Economia
A economia malaia está crescendo em um ritmo acelerado e a renda per capita anual atinge os US$ 11 mil. O nível de desemprego é baixo e estimado em menos de 3%. O petróleo é o produto mais exportado, mas o país também exporta uma grande variedade de outros bens manufaturados, destacando-se os eletrônicos.

      Fonte:
 Portas Abertas - Servindo cristaos perseguidos

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